Enquanto ativistas correm atrás da grana, Julian Assange virou estrela de reality show e quer ser político//Crédito: Wikipedia
O Wikileaks está precisando de dinheiro. Após revelar segredos de diversas embaixadas norte-americanas ao redor do mundo, no final de 2010 cinco das maiores instituições financeiras do país fecharam um pacto e optaram por boicotar a organização mais temida dos governos e grandes corporações: VISA, MasterCard, PayPal, Western Union e Bank of America bloquearam qualquer transação cujo destino era Julian Assange e sua gangue subversiva. Em outubro do ano passado, o editor-chefe e símbolo do Wikileaks chegou a dizer que o site poderia encerrar suas atividades por falta de dinheiro. O ataque bloqueou 95% das doações. Grana ainda falta, mas algumas brechas legais deram um novo fôlego à empreitada. E de achar brechas legais essa turma entende.
O caixa do Wikileaks está com cerca de 120 mil dólares. Não é pouco, mas também está longe de cobrir as despesas das arriscadas operações que os ativistas se submetem para continuar incomodando os poderosos. A ideia é que essa nova campanha de arrecadação de fundos angarie quase 10 vezes mais dinheiro que o atual saldo bancário do grupo: o objetivo é chegar ao 1 milhão e 200 mil dólares o mais rápido possível. Antes que as autoridades contra ataquem novamente.
Para receber as doações, o jeito foi fugir dos bancos dos EUA e partir para a França. Apesar do sistema de cartão de crédito Carte Bleue ser ligado a Visa e Master Card globalmente, o contrato entre as empresas impede que as norte-americanas bloqueiem qualquer transação feita por meio da empresa francesa. Uma ONG já providenciou um fundo para o Wikileaks no Carte Bleue. A pressa em receber as doações reside exatamente no fato de ser apenas uma questão de tempo até Visa e Master Card acharem outra maneira de minar as forças da organização.
Se o site não está nos seus melhores dias, a vida de pop star de Julian Assange está no auge. Ele pretende se candidatar ao Senado Australiano e recentemente encerrou as gravações de The World Tomorrow (O Mundo Amanhã), reality show que será transmitido por uma emissora russa, mostrando a rotina de sua prisão domiciliar na Inglaterra.
Se você está interessado em fazer uma doação ao Wikileaks, entre no site do grupo: wikileaks.org
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