História das redes sociais: do tímido ClassMates até o boom do Facebook

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As redes sociais são a mania da Internet nos anos 2000. Aliás, na web brasileira, por exemplo, elas são responsáveis por mais de 62% do tráfego de dados atual. Mas se você acredita queFacebookMySpace ou Orkut foram os primeiros a utilizarem este tipo de tecnologia, está muito enganado. Você sabia que o primeiro site de relacionamentos foi criado em 1995? Não? Acompanhe este especial do TechTudo contando toda a história das redes sociais, que dominaram o mundo.
Facebook e Twitter são algumas das redes sociais que têm muitos adeptos (Foto: Reprodução) (Foto: Facebook e Twitter são algumas das redes sociais que têm muitos adeptos (Foto: Reprodução))Facebook e Twitter são algumas das redes sociais
que têm muitos adeptos (Foto: Reprodução)
Anos 90: o pontapé inicial
Considerada a primeira rede social da história, o ClassMates.com nasceu em 1995. Muito utilizado nos Estados Unidos e no Canadá, o site tinha layout bem simples e um objetivo definido: possibilitar reencontros entre amigos que estudaram juntos, seja no colégio ou na faculdade. O serviço era pago, porém conseguiu fazer sucesso e está online até hoje.
Site Classmates (Foto: Reprodução)Site Classmates (Foto: Reprodução)
Mas quem inaugurou o modelo de rede social como conhecemos atualmente, com perfis, envio de mensagens privadas e publicações em “murais”, além da adição de contatos, foi o Six Degrees. Criado em 1997 e público até 2001, o site foi reaberto recentemente – apenas para quem já possuía contas antigamente. O nome do site se refere ao sistema de classificação de seus amigos, em seis graus diferentes (Six Degrees, em inglês).
2002: Friendster revoluciona
Com o conceito estabelecido, diversas outras páginas tentaram se aproveitar da ideia para obterem destaque no mercado. Mas nenhuma delas o fez como o Friendster. Com três milhões de usuários cadastrados, o site surgiu em 2002 e foi criado por Jonathan Abrams, na Califórnia. Na época, muitas publicações importantes fizeram matérias sobre a página, que era baseada na técnica do “círculo de amigos”.
A rede social alcançou um sucesso estrondoso no exterior, o que gerou uma proposta de compra de US$ 30 milhões (R$ 60 milhões) do Google+ – que foi recusada – mas acabou também causando seu fim. O servidor não suportava tantos acessos e a chegada incrível de concorrentes com mais recursos, fez com que o site fechasse as portas alguns anos depois.
Rede social Friendster (Foto: Reprodução)Rede social Friendster (Foto: Reprodução)
2003: MySpace como site multimídia
Enquanto o Friendster ainda “bombava”, outras empresas decidiram investir no ramo. Em 2003, nasceu o MySpace. Considerado um dos pioneiros no sentido multimídia das redes sociais, a página foi criada em apenas dez dias como “um clone do Friendster”. Aos poucos, ele tinha opções como updates de músicas, fotos e a presença de um blog para o usuário atualizar. Deu certo! E em 2004, o MySpace já havia ultrapassado o Friendster e se tornado a grande mania da época.
Interface do Myspace (Foto: Reprodução)Interface do MySpace (Foto: Reprodução)
2003: LinkedIn e os contatos profissionais
Ainda em 2003, nascia também o LinkedIn. Com uma proposta totalmente diferente, a rede social, que existe até hoje, não tinha como objetivo reunir amigos, mas sim contatos profissionais. Era a origem de algo muito comum hoje em dia: a criação de sites de relacionamento segmentados, voltados a apenas um determinado tipo de público e não para o internauta em geral.
Layout do site LinkedIn (Foto: Reprodução)Layout do site LinkedIn (Foto: Reprodução)
2004: Orkut e Facebook
Todo este cenário, apesar de pioneiro e bem sucedido, nem se compara ao "boom" das redes sociais iniciado em 2004. Com a Web 2.0 em alta, surgiram as duas redes de relacionamento mais famosas até hoje: Orkut e Facebook. O primeiro, criado por um engenheiro turco, teve como público alvo os norte-americanos, porém se popularizou mesmo foi entre os países emergentes, como Brasil e Índia. No início, apenas usuários convidados tinham acesso ao serviço, o que causava grande expectativa no público em geral.
Usuário do Orkut, no primeiro layout da rede social (Foto: Reprodução)Usuário do Orkut, no primeiro layout da rede social (Foto: Reprodução)
Depois da abertura da página para todos os internautas, ela virou um sucesso instantâneo. Com seu layout azul, com perfis, álbum de fotos para 12 imagens e sua grande inovação, as comunidades, na qual usuários apaixonados por temas em comum poderiam trocar ideias, o site logo foi adquirido pelo Google e se tornou uma febre. De 2004 até hoje, passou por diversas reformulações, ganhou temas, álbuns com mais espaço, integração com bate-papo, feed de notícias e muito mais.
Mas nada disso foi o bastante para manter o Orkut no topo depois do lançamento do Facebook. Criado por Mark Zuckerberg e seus amigos de universidade, a princípio, como um serviço para uso interno, o serviço se expandiu e hoje é a maior rede social do mundo. Desde 2006, liberado para qualquer pessoa maior de 13 anos, o "Face" atualmente tem quase 900 milhões de usuários, já virou tema de filme, vendeu ações na bolsa de valores dos Estados Unidos e é uma das companhias mais bem sucedidas do mundo.
Perfil de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (Foto: Reprodução)Perfil de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (Foto: Reprodução)
Entre suas principais atratividades estão o feed de notícias, no qual é possível compartilhar tudo o que você quiser, os serviços de localização onde o usuário pode dizer em que lugar se encontra, os álbuns de fotos com limite de 200 imagens cada, aplicativos de games e serviços e, claro, como todas as redes sociais, a chance de entrar em contato com seus amigos e de criar novos relacionamentos. Apesar de já dominar o mercado, a cada ano o Facebook lança novas ferramentas para manter o usuário satisfeito.
2006: Twitter inova com 140 caracteres para mensagens
Criado em 2006, porém popularizado somente em 2008, o Twitter modificou um pouco o conceito de rede social. Criado como um serviço de mensagens em só 140 caracteres, é uma espécie de microblog, no qual os usuários podem seguir quem é do seu interesse. A plataforma se tornou queridinha de serviços de notícias, celebridades, blogueiros e usuários em comum pela sua polivalência: no Twitter é possível ser bem humorado, sério, profissional e pessoal. Atualmente com quase 400 milhões de usuários, o passarinho azul é um dos pilares da Web 2.0.
Perfil do TechTudo no Twitter (Foto: Reprodução)Perfil do TechTudo no Twitter (Foto: Reprodução)
Outras redes sociais de sucesso
Além do Twitter, nestes meados dos anos 2000 surgiram muitas redes sociais diferenciadas, como o Tumblr, que é uma espécie de Blogger, no qual é possível criar um perfil e seguir seus amigos, o Flickr, que funciona como um Fotolog moderno, o Instagram, com suas fotos recheadas de filtros, o Pinterest, considerado um dos sites que vem crescendo em todo o mundo, entre outros. Porém, nenhum deles conta com tantas funcionalidades como Facebook, Orkut e MySpace. Talvez apenas um: o Google+, lançado no ano passado pela gigante das buscas.
Imagens nos boards do Pinterest (Foto: Reprodução)Imagens nos boards do Pinterest (Foto: Reprodução)
2011: aparecimento do Google+
Após a queda vertiginosa de visitas no Orkut, com a migração de seus usuários para o Facebook (que já dominava o mercado na Europa e América do Norte desde 2008), o Google tentou reformular a sua primeira rede social, porém não obteve sucesso. Por isso, resolveu lançar uma nova: o Google+ (ou Google Plus). A princípio, a estratégia parecia um sucesso: milhões de usuários criaram contas e a expectativa em torno do serviço era enorme. Mas o seu principal concorrente, o Facebook, ainda é o preferido entre os adeptos das redes sociais.
Conta de um usuário do Google + (Foto: Reprodução)Conta de um usuário do Google + (Foto: Reprodução)
O Google, é claro, segue investindo no projeto e adicionando novidades à página (como o bem sucedido serviço de hangouts). Porém, o primeiro ano de vida do site não foi lá dos melhores. Atualmente, ela tem 250 milhões de usuários ativos e, segundo a empresa, o que não é um número negativo. Resta aguardar o futuro para saber se ele será capaz de destronar o Facebook, embora muitos usuários do Plus não gostam da rede social de Mark Zuckerberg.
Como será o futuro das redes sociais?
Imagem representa pessoas conectadas (Foto: Reprodução)Imagem representa pessoas conectadas
(Foto: Reprodução)
As redes sociais estão em alta. Mas e o seu futuro? Não há dúvidas de que estes sites mudaram a vida das pessoas. Hoje, é comum sair na rua e ver milhares de pessoas conectadas ao Facebook ou ao Twitter pelo celular: seja para ler notícias, atualizar seus status ou se divertir. A cada dia também surgem novas tecnologias nas redes sociais, novos sites de relacionamentos, e não se sabe se isso é bom ou ruim. O mercado pode crescer ainda mais como também pode ficar saturado e começar a entrar em declínio.
De qualquer forma, uma coisa é certa: não há dúvida de que as primeiras duas décadas dos anos 2000, na Internet, ficarão conhecidas para sempre como “a era das redes sociais”.

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