Jogos e apps musicais fazem sucesso e conquistam novos usuários

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Depois de passarem por games com passarinhos explosivos e por redes sociais de fotos vintage, os aplicativos para smartphone alcançaram um novo universo: o da música. Prova disso é o fato dos jogos Song Pop e Sing Something estarem ganhando cada vez mais fãs, que competem entre si para provar quem tem os maiores conhecimentos musicais. Além disso, os artistas e profissionais do ramo vêm sendo atraídos também para o mundo dos celulares inteligentes, graças aos apps de simuladores de samplers e instrumentos musicais.

Song Pop é um dos apps mais populares do momento (Foto: TechTudo/Marlon Câmara)Song Pop é um dos apps mais populares do momento (Foto: TechTudo/Marlon Câmara)
Disponível somente para os dispositivos iOS - leia-se iPhone e iPad -, o Sing Something surgiu de uma ideia que não tinha como dar errado: pegar o conceito do sucesso Draw Something e trocar a adivinhação de palavras por meio de desenhos pela adivinhação de músicas por meio de trechos cantados. Já o Song Pop, que é febre entre os usuários de aparelhos da Apple e doAndroid, é uma competição de quem consegue acertar os nomes das músicas ou de seus artistas respectivos em menor tempo, ouvindo somente um trecho delas.
Com conceitos bem instigantes, os apps já são sucesso em diversos lugares do mundo, e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Para a analista de sistemas Flávia Martinez Labanca, de 29 anos, o apelo dos games está na rapidez com que se pode jogar diversas rodadas diferentes, além da oportunidade de conhecer novas músicas e artistas com eles. “Os jogos fazem a gente procurar por músicas novas e velhas. Algumas que eu nunca mais tinha ouvido me voltaram à tona. E outras que eu não conhecia, baixei e passei a ouvir graças ao Song Pop e ao Sing Something”, revela.
Enquanto isso, a estudante de jornalismo Luisa de Carvalho Leite, de 21 anos, reclama que não pode jogar os jogos no seu BlackBerry, e tem que “roubar” o iPhone do namorado para brincar principalmente com o Song Pop, que é seu preferido. Ela diz que seu desempenho no jogo é muito bom, mas alguns de seus amigos chegam a ser imbatíveis no game.
“Sempre tem aqueles oponentes para quem eu perco sempre, mas minha estatística da semana passada foi perfeita, 50 de 50 tentativas”, afirma. Ela conta ainda que a ideia do aplicativo a conquistou assim que ouvir falar dele. “Eu jogava um parecido no meu iPod quando tinha uns 16 anos, mas era pra jogar sozinho, não tinha oponentes. Acho que a ideia do Song Pop é simples mas tem muito apelo.”, conclui.
DJ Theo Back é fã dos jogos musicais (Foto: Reprodução)DJ Theo Back é fã dos jogos musicais (Foto:
Reprodução)
E, como não podia deixar de ser, os games para celular também conquistaram os artistas e profissionais ligados à música. O DJ Theo Back, de 22 anos, conta que reconhece o porquê dos dois fazerem tanto sucesso. “São jogos simples, dinâmicos e democráticos, têm espaço para todos os estilos musicais. O lado competitivo do Song Pop faz dele mais desafiador. O Sing Something é mais engraçado, porque geralmente o cantor não é um profissional. Acho que eles fazem tanto sucesso porque todo mundo gosta de ouvir música, ainda que cada um tenha seu estilo preferido”, opina.
Apesar de trabalhar no meio musical, Theo diz que não é só o conhecimento que dá vantagem aos usuários dos jogos. “Tenho facilidade na hora de reconhecer as músicas, mas a rapidez em clicar na resposta certa às vezes é mais importante. Meus amigos brincam comigo dizendo que é minha obrigação ganhar deles.”, brinca o DJ.
Já os integrantes d’A Banda Mais Bonita da Cidade, Rodrigo Lemos e Vinicius Nisi, de 29 e 28 anos respectivamente, acreditam que os celulares já têm um papel importante para o meio musical, não só pelos jogos com este teor, mas também pelos diversos aplicativos e funções musicais que eles possuem.
“Eu uso meu celular para a música constantemente. No disco que vou lançar em breve, usei vários samplers gravados na rua com o celular, por exemplo. Além de aplicativos de gravação de áudio, costumo fazer upload de demos com a versão mobile do Soundcloud. E, nos ensaios e shows, uso um app que emula um afinador cromático (que, diga-se de passagem, funciona muito bem) para instrumentos acústicos”, revela Rodrigo, que é o guitarrista do grupo.
A Banda Mais Bonita da Cidade (Foto: Divulgação)A Banda Mais Bonita da Cidade, com Vinicius Nisi e Rodrigo Lemos ao fundo (Foto: Divulgação)
Ele diz ainda que vem se divertindo muito com o jogo Song Pop, e afirma que se concentra para adivinhar as músicas rapidamente, para depois poder tirar onda com seus amigos mais lerdos. “O jogo é meio sádico, mas eu gosto muito”, brinca.
Já Vinicius nunca se aventurou com os joguinhos, mas diz se considerar um “rato” de apps musicais, principalmente dos instrumentos virtuais, que simulam o som e a interface de instrumentos reais na tela dos celulares e tablets. Ele ainda dá dicas de bons aplicativos para se usar nos aparelhos. “Uso a versão gratuita do Amplitube como afinador e metrônomo, e certa vez aprendi a tocar uma música em uma viagem, dentro do ônibus, usando só o Synth BS-16 (um sampler para dispositivos iOS). No iPad, sou fã do app Tabletop (conjunto de módulos para composições musicais)”, conta o tecladista e programador.
Além dos games e dos simuladores, existem ainda outros aplicativos interessantes, como oShazam, disponível para Android e iOS, que reconhece qualquer música apenas “ouvindo” um trecho dela, e o Band Of The Day, para aparelhos da Apple, que sugere novos artistas diariamente para seus usuários. Ao que parece, o universo dos apps musicais está cada vez maior, e os smartphones estão se tornando uma ferramenta fundamental para os amantes da música.

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