Cientistas da computação da Universidade Carnegie Mellon desenvolveram um software capaz de analisar muita informação em pouco tempo e com baixos recursos. Se antes era necessária uma rede de computadores conectados, com a novidade é possível efetuar determinados tipos de trabalho usando apenas um laptop, o que deve ajudar com o chamado Big Data.
O que o GraphChi faz é reorganizar os componentes da máquina para deixá-la mais eficiente. Com isso pode-se, por exemplo, construir recomendações sociais melhores - como quando o Facebook mostra algo que seu amigo "curtiu" e acha que você pode gostar também.
Chamadas de computação gráfica, essas tarefas são relativamente comuns, mas efetuá-las em larga escala exige uma força de trabalho muito grande. Análises profundas através de dados de redes sociais são um desses casos, em que seria necessária uma rede de computadores interligados.
Para driblar essa necessidade, o GraphChi explora as capacidades do disco rígido (HD) do computador. Geralmente, a execução da computação gráfica fica a cargo da memória temporária (a RAM), mas o software inverte os papéis e joga a tarefa para o disco rígido, que pode armazenar grandes quantidades de informação.
O problema é que a leitura do HD é mais lenta em comparação com a feita pela memória RAM, mas o estudante Aapo Kyrola projetou um método que promove o acesso ao disco de forma menos aleatória e mais rápida.
Em entrevista ao Technology Review, o codiretor do Select Lab da Carnegie Mellon Carlos Guestrin contou que um Mac Mini conseguiu analisar em 59 minutos todo um gráfico social do Twitter a partir de 2010, o que significa 40 milhões de usuários e 1,2 bilhão de conexões. Resultados anteriores demoraram 400 minutos e foi preciso construir uma rede com cerca de mil computadores.
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