Manifestantes da Marcha das Vadias são bloqueadas no Facebook, diz jornal

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Manifestantes da Marcha das Vadias - protesto criado para alertar sobre casos de violência sofridos por mulheres - tiveram suas contas bloqueadas após publicarem fotos em que apareciam com os seios à mostra, segundo reportagem da 'Folha de São Paulo'. O protesto ocorreu no último sábado, 26, em várias cidades do país.

Fotos da Marcha das Vadias (Foto: Folha.com)Fotos da Marcha das Vadias (Foto: Folha.com)
Pelo menos duas mulheres da capital paulista e uma do Rio tiveram seus perfis bloqueados na rede social, não podendo compartilhar conteúdos no site. Em Belo Horizonte, uma das moderadoras da página da Marcha das Vadias também teria tido a conta bloqueada. OFacebook não se pronunciou sobre o caso.
De acordo com reportagem, uma manifestante teve seu perfil censurado por cerca de 24 horas, depois de publicar uma foto ao lado da filha, de 3 anos, com os seios descobertos. Luka Franca, de 26 anos, diz que colocou a imagem no domingo à tarde e já na manhã do dia seguinte seu perfil estava bloqueado.
Fotos da Marcha das Vadias (Foto: Folha.com)Fotos da Marcha das Vadias (Foto: Folha.com)
Em protesto ao bloqueio, um amigo de Luka compartilhou a mesma foto na rede social, que teria ficado no ar o dia inteiro. Segundo a manifestante, apenas a foto foi censurada, mas o usuário não foi bloqueado. Na postagem que denuncia a retirada das fotos, tarjas pretas foram colocadas sobre os seios à mostra.
Para a retirada da foto do ar, pelo menos uma pessoa deve ter denunciado o perfil. O site avalia cada caso separadamente, para definir o que pode ou não ser considerado pornográfico.
A rede social possui uma página onde esclarece os padrões da comunidade: "o Facebook tem uma política rígida contra o compartilhamento de conteúdo pornográfico e impõe limitações à exibição de nudez". Perfis denunciados por mais de três vezes podem ser desativados.
A primeira Marcha das Vadias foi organizada em 2011, por estudantes da Universidade de Toronto, no Canadá. A chamada "Slut Walk", nome do protesto em inglês, começou depois de um policial dizer que mulheres que não quisessem ser estupradas não poderiam se vestir como vadias.  

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