Processo por fatia de Zuckeberg na empresa é fraude, diz Facebook

, , No Comments


Web designer Paul Ceglia diz ser dono do Facebook (Foto: Reprodução) 

Facebook disse nesta segunda-feira (26) que conseguiu reunir provas que mostram que Paul Ceglia forjou documentos para entrar na justiça e reivindicar 50% do capital da rede social.

O site pede que o processo, iniciado em 2010, seja encerrado pela corte de Buffalo, no estado de Nova York.
Em 2011, o juiz que analisava o caso tinha dado ao Facebook mais tempo para reunir provas contra Ceglia. Os advogados do Facebook alegaram que o contrato apresentado por Ceglia para trabalhar na empresa era uma versão falsificada de outro documento. O Facebook alega também afirma que o designer forjou e-mails em que teria entrado em contato com Mark Zuckerberg, fundador da rede social.
"Temos provas e elas não são boas para Ceglia", disseram os advogados do Facebook nesta segunda-feira. "Ceglia e seus colegas conspiradores destruíram e encobriram evidências, impedindo sua descoberta e indo contra às ordens judiciais."
Os advogados afirmam que encontraram e-mails datados da época em que Zuckerberg era aluno de  Harvard para provar que os documentos de Ceglia foram fraudados e pediram que o juiz encerre o processo.
De acordo com a agência Reuters, os advogados de Ceglia não comentaram o caso.
Entenda o caso
Paul Ceglia entrou com um processo na justiça norte-americana em 2010 afirmando ser dono de 50% do Facebook.
Ele afirma que contratou Zuckerberg quando ele era um calouro na Universidade de Harvard para vários projetos, um dos quais se tornou o Facebook.
Desde então, a rede social apresentou diversas provas para mostrar que Ceglia falsificou documentos e e-mails.

Em queixa feita em 2010 e alterada em abril, Ceglia argumenta que ele tem direito “a 50% do valor total dos negócios de Zuckerberg” no Facebook. Segundo Ceglia, em 28 de abril de 2003, quase um ano antes do lançamento do Facebook, Zuckerberg assinou um contrato em que ele seria remunerado em US$ 1 mil em troca do desenvolvimento de um site na internet, cujo nome seria "The face book" ou "The page book".
No entanto, os advogados de Zuckerberg indicaram, em um documento entregue ao tribunal de Nova York, que o contrato apresentado por Ceglia é uma versão falsificada de outro contrato. O verdadeiro documento refere-se a trabalhos prestados por Zuckerberg para a conta de Ceglia, em 2003, de um site chamado “StreetFax”, e não faz menção alguma ao Facebook.

“A análise jurídica ordenada pelo tribunal revelou que é autêntico o contrato entre Mark Zuckerberg e a StreetFax e que Ceglia tentou falsificá-lo”, indica o documento entregue pelo Facebook. “Esta prova é tangível e confirma o que os acusados dizem desde o início: o chamado contrato ligado à queixa é inteiramente falso”, acrescenta o texto. “O contrato original, que menciona apenas a StreetFax e não tem nada a ver com Facebook, foi encontrado nos arquivos eletrônicos de 2004 no computador de Ceglia”.

A rede social disse que iria pedir ao tribunal que abandonasse o caso baseado “em provas esmagadoras de fraude”. Os advogados do Facebook negam desde o início as acusações de Ceglia, que já qualificaram como “trapaça inverídica”.
Em fevereiro de 2012, o Facebook entrou com pedido junto a reguladores do mercado norte-americano para levantar US$ 5 bilhões em uma oferta pública inicial de ações. Zuckerberg controla 28,4% das ações classe B do site.
O Facebook é avaliado em US$ 93,6 bilhões, segundo a SharesPost, que acompanha valores de companhias privadas.

0 comentários:

Enviar um comentário