Sistema escolar regista explosão

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Na entrevista a este jornal Pinda Simão
enaltece os feitos alcançados na área da Educação
Fotografia: Kindala Manuel
Os dez anos de Paz em Angola trouxeram grandes benefícios ao sector da Educação, disse o ministro Pinda Simão. Grande parte da população deixou de ser analfabeta e largos sectores da juventude têm hoje a preparação técnica suficiente para a inserção no mercado de trabalho.

A política educativa definida pelo Executivo tem como objetivo inserir maior número de pessoas nas escolas dos diferentes níveis de ensino, para equilibrar a pirâmide educacional.
Com os resultados já alcançados, os índices demonstram que ainda é possível fazer mais no sector da Educação nos próximos anos.
“A Paz trouxe muitos benefícios ao sector da educação. Antigamente, devido à instabilidade que se vivia, as pessoas preferiam não ir à escola para preservar a sua segurança, também por causa da escassez de infra-estruturas que na sua maioria estavam destruídas. Hoje temos mais recursos disponíveis para investir no sistema educativo, o Orçamento Geral do Estado já proporciona oito por cento, o que perfaz três mil milhões de dólares. No passado tínhamos apenas quatro por cento do OGE”, disse o ministro Pinda Simão.
O titular da pasta da Educação referiu que as pessoas em Angola que sabem ler e escrever aumentaram significativamente nos últimos dez anos, devido a uma rede escolar equilibrada, à expansão da educação a todas as províncias, com escolas primárias, secundárias e ensino técnico-profissional, que são fundamentais para o combate à pobreza e à fome porque proporcionam oportunidades de inserção das pessoas no mundo do trabalho.

Explosão escolar




O ministro Pinda Simão afirmou que até ao momento seis milhões e 200 mil alunos estão inscritos no sistema público de ensino, em escolas primárias e secundárias. Só o ensino superior regista 150 mil estudantes, quando em 2002 eram apenas 20 mil alunos.
“A aposta do Executivo angolano consiste em criar também oportunidades que proporcionem o acesso à educação e à formação. Grande parte da população deixou de ser analfabeta, a taxa baixou muito, podemos verificar que a taxa é inferior a 20 por cento nas zonas urbanas, enquanto no espaço rural são 42 por cento”.

Professores e escolas

Os recursos investidos no sector da educação garantem a formação de técnicos médios e de quadros em todas as províncias, permitindo que se mantenham nos seus territórios e contribuam para o desenvolvimento da sua região. Pinda Simão revelou que o número de professores cresceu para 218 mil. Antes da conquista da Paz eram 80 mil efectivos:
“Mesmo com o aumento 100 por cento, os objectivos pretendidos ainda não foram alcançados, porque queremos que todos os angolanos em idade escolar tenham acesso à escola”, afirmou o ministro da Educação, Pinda Simão.
O ministro reconheceu que ainda existem crianças a estudar debaixo das árvores em algumas zonas do país. Justificou que este fenómeno é fruto da pressão no sistema educativo: “a rede escolar tem crescido mas não no mesmo ritmo da população, onde neste momento a taxa de crescimento anual está em três por cento, mas podemos afirmar que temos menos gente a estudar debaixo das árvores em relação aos anos anteriores”, disse o responsável pela educação em Angola.
O ministro Pinda Simão garantiu que os níveis de sabedoria dos alunos vão melhorar: “não basta apenas entrar na escola, é necessário fazer com que os estudantes obtenham competências e habilidades, factores que são fundamentais para o desenvolvimento humano das pessoas e do próprio país”.


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