Programador cria versão caseira dos óculos do Google

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 Se virarem mesmo um produto comercial, os óculos de realidade aumentada do Google podem ser o gadget mais inovador do ano. Mas se o que o programador britânico Will Powell diz for verdade, ele não vai precisar esperar. Ele afirma ter construído sua própria versão caseira desse intrigante dispositivo.
No vídeo de divulgação do Google, os óculos de realidade aumentada se comunicam com a internet; exibem mapas e informações; e permitem conversar com outras pessoas. Eles também aceitam comandos de voz. Para mostrar que o gadget existe mesmo, o próprio Sergey Brin, um dos fundadores do Google, apareceu com eles num evento nesta.


Nada disso parece ser novidade para Powell, um especialista em realidade aumentada com vários projetos no currículo. Ele publicou seu próprio vídeo, inspirado no do Google (veja no final do texto), mostrando a visão através dos óculos que construiu. Algumas pessoas publicaram comentários no YouTube questionando a autenticidade do vídeo. Powell respondeu que as cenas são reais e não foram alteradas no computador.
Um detalhe interessante é que, se a história for real, ele usou produtos e tecnologias já disponíveis no mercado. Isso mostra que o Google poderá ter vários concorrentes se decidir produzir seus óculos em série. A base são os óculos com display da marca Vuzix. Eles possuem duas pequenas telas de cristal líquido que permitem visualizar imagens. Powell diz ter acrescentado duas webcams Microsoft, um par de fones de ouvido e um microfone.
Segundo o programador, o software de reconhecimento voz é o Dragon Naturally Speaking, da Nuance – empresa que fornece tecnologia para a Siri, assistente de voz do iPhone 4S. Com ferramentas de programação da Adobe, Powell teria construído um aplicativo para controlar tudo isso. O software obtém informações meteorológicas do Yahoo!, registra compromissos, fotografa e pode compartilhar fotos na web. Tudo isso é controlado por comandos de voz.
Apesar de os óculos de Powell serem apenas um protótipo experimental e de ter sua veracidade questionada, não há dúvida de que o Google não é a única empresa trabalhando nesse tipo de dispositivo. A NEC Biglobe, parte do grupo japonês NEC, por exemplo, também construiu um dispositivo desse tipo. Com acesso à internet, ele usa o display à frente dos olhos para exibir informações.
A NEC Biglobe espera que o gadget possa ser útil para esportistas, militares e consumidores em geral. Um ciclista rodando pela cidade, por exemplo, poderia visualizar mapas, comunicar-se com os amigos e pesquisar informações sem parar de pedalar. Como Powell, a NEC Biglobe usou os óculos-display Vuzix como ponto de partida. Mas os japoneses trabalharam com uma nova versão, que tem lentes transparentes e já inclui câmeras e fones. A NTT Docomo, principal operadora de telefonia celular no Japão, também á apresentou um projeto similar.
Com câmeras, microfone, displays e circuitos eletrônicos acoplados, esses óculos podem deixar qualquer pessoa com jeito de extraterrestre. Além disso, quando forem lançados comercialmente, eles não serão baratos. Por isso, é improvável que sejam vistos nas ruas num futuro próximo. A Vuzix fornece seus produtos principalmente para aplicações militares, onde o preço alto e a aparência esquisitona não são obstáculos.
Mas é só uma questão de tempo até que a tecnologia evolua e os óculos de realidade aumentada se tornem mais elegantes, funcionais e acessíveis. E futurologistas como o físico Michio Kaku já preveem que, num futuro um pouco mais distante, o display poderá ser colocado em lentes de contato. Elas vão se comunicar com o smartphone do usuário e exibir informações diretamente nos olhos. Confira o vídeo de Powell a seguir e veja se, para você, ele parece real ou apenas uma fraude.



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