Software e serviço devem faturar R$ 63 bilhões no Brasil em 2011

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As estimativas do Observatório Softex são que a indústria brasileira de software e serviços de TI deverá fechar 2011 com receita de R$ 63 bilhões. A unidade de estudos e pesquisas, que faz parte da Sociedade Softex, projeta um aumento de 7,7% para o setor até 2016.

Segundo a entidade, o crescimento médio real observado entre 2003 e 2009 no setor atingiu cerca de 8%. A Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) aponta que o mercado total movimentou 85 bilhões de dólares em 2010 e prevê que o segmento encerrará 2011 com incremento de 10%.
“Você tem um movimento das pequenas (empresas), que estão ganhando robustez, apesar de a concorrência estar muito acirrada para o setor. Você tem um crescimento importante de receita, mas tem também uma concorrência para algum tipo de atividade que está se intensificando com o tempo”, disse a gerente do Observatório Softex, Virginia Duarte. Ela participa do 9º Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios (Rio Info 2011), que começou ontem no Rio.
Até 2016, a projeção é de que o setor de TI nacional cresça em torno de 7,7% ao ano. Virginia acrescentou que se a economia crescer acima de 4,5%, a tendência é que a indústria fique mais aquecida. Ela concordou com a opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret, de que está havendo uma estagnação da indústria fluminense de TI, embora ela permaneça na segunda posição do ranking nacional em número de empresas, pessoas ocupadas e receita.
Segundo o presidente do Seprorj, a redução prevista de 5% para 2% do Imposto sobre Serviços (ISS) para o setor de TI do Rio de Janeiro não ocorreu até agora, o que prejudica a indústria local.
Por outro lado, está havendo um crescimento importante nos estados do Sul, que mostram expansão superior à do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, revelou a gerente do Observatório Softex.  Em termos de emprego, ela disse que há registro de crescimento. O grupo, que reúne sócios e assalariados, alcança em torno de 590 mil pessoas, das quais 100 mil seriam sócios, englobando os consultores pessoas jurídicas.
No grupo de assalariados, estão incluídos os profissionais especializados de TI, como analistas, engenheiros de computação, administradores de banco de dados, programadores e especialistas, entre outros, que chegam a 200 mil pessoas.
Virginia Duarte analisou que a tendência é a expansão do mercado de trabalho formal no setor de TI, devido às medidas determinadas pelo governo federal de desoneração da folha de pagamento. Isso deve mudar a composição da força de trabalho, com a inclusão de pessoas terceirizadas na folha.
O mercado de trabalho formal, de assalariados e celetistas, vai crescer e diminuir o número de sócios de empresas”, estimou. “Isso é bom, porque a concorrência está braba”.
Virginia Duarte avaliou que a maior concorrência às empresas nacionais de TI vem da Índia e da China, “principalmente na parte da indústria mais voltada para o modelo baseado em serviços de mais baixo valor”. Ela indicou que o segmento em que a competição fica mais complicada é o de serviços de TI de desenvolvimento sob encomenda para a rede global.

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